A Ketryn de 2010 era só sorriso e bochechas.
19 aninhos, no segundo ano da faculdade de jornalismo, tinha recém começado a trabalhar na equipe de comunicação e no programa de TV do MPSC depois de já ter trabalhado na equipe técnica da EaD do primeiro curso de Libras do Brasil, oferecido pela UFSC com pólos pelo Brasil inteiro (lidar com streaming e videoconferências antes da era do YouTube, Zoom e Google Meet era pros fortes).
Essa Ketryn ainda não sabia que ia mudar de curso e profissão, não tinha nem IDEIA do QUANTO a vida dela ia mudar e QUANTAS VEZES ia mudar.
Ela já tinha tido sua primeira crise de ansiedade sem saber que era isso e se sentia um peixinho fora do aquário na maior parte do tempo. Apesar disso, acho que essa jovenzinha ficaria orgulhosa de ver que ao longo dos anos o desconforto que ela sentia se transformou em impulso e energia para as mudanças que viriam depois.
O desconforto move a gente. Moveu essa Ketryn que era só sorriso e bochechas na direção de quem ela sonhava em ser. O desafio da Ketryn de hoje é lembrar que novos desconfortos vão aparecer sempre, mas que mesmo assim ela já é o sonho realizado da menina de anos atrás.